sábado, 24 de abril de 2010

QUANDO OS PRÍNCIPES VIRAM SAPOS
Chega de enganar as menininhas contando historinhas de princesas e príncipes encantados!
Nessas histórias os sapos ganham um beijo da princesa e viram príncipes, mas na vida real, depois que os príncipes ganham o amor das princesas, eles viram sapos.
Sapos gordos, feios e venenosos!
Envenenam as princesas com palavras doces, mensagens, telefonemas e depois quando elas viciam no veneno eles nos deixam em total abstinência e nos deixam morrendo aos poucos, da falta deste doce veneno.
As princesas mais espertas vão buscar o veneno em outros lugares. E a verdade é que logo, logo aparece outro príncipe cheio de veneno para oferecer.
As espertas aceitam e vivem felizes para sempre. Entorpecidas, inebriadas.
Mas as princesas burras, como eu, ficam atrás dos antigos príncipes, aqueles que agora são sapos e não estão mais interessados nas inocentes princesinhas pelo menos não nas já envenenadas por eles). E estes sapos também não falam mais a língua das princesas. Não se entendem mais.
A vida dessas princesas burras, então fica sem graça e aí não demora muito para elas deixarem de ser princesas e virarem gatas borralheiras implorando pela visita da fada madrinha que vai tirá-la do suplício.
Ou, algumas ainda, viram bruxas e ficam a infernizar a vida das novatas prestes a serem envenenadas - estas vivem infelizes para sempre!
Já fui uma delas, de cada uma delas... bruxa, princesa e agora estou mais para gata borralheira .
Quando será que a fada madrinha vem me visitar?

Autor desconhecido

sábado, 17 de abril de 2010

"Desejo, primeiro, que você ame, e que, amando, também seja amado. E que se não for, seja breve em esquecer. E que, esquecendo, não guarde mágoa.

Desejo também que tenha amigos, ainda que maus e inconseqüentes. Que sejam corajosos e fiéis, e que pelo menos num deles você possa confiar sem duvidar.

E porque a vida é assim, desejo ainda que você tenha adversários. Nem muitos, nem poucos, mas na medida exata para que, algumas vezes, você se interpele a respeito de suas próprias certezas.

E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo, para que você não se sinta demasiado seguro.

Desejo, depois, que você seja útil, mas não insubstituível. E que nos maus momentos, quando não restar mais nada, essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.

Desejo ainda, que você seja tolerante, mas não com os que erram pouco, porque isso é fácil, mas com os que erram muito e irremediavelmente, e que fazendo uso dessa tolerância, você sirva de exemplo aos outros.

Desejo que você, sendo tão jovem, não amadureça depressa demais, e que, sendo maduro, não insista em rejuvenescer, e que, sendo velho, não se entregue ao desespero.

Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor, e é preciso deixar que aconteçam no tempo certo.

Desejo, por sinal, que você seja triste, mas não o ano todo, mas apenas um dia. E que nesse dia descubra que o riso diário é bom, o riso habitual é insosso e o riso constante é insano.

Desejo que você descubra, com a máxima urgência, acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos e infelizes, e que estão à sua volta.

Desejo ainda, que você afague um gato, alimente um cuco e ouça o joão-de-barro erguer triunfante seu canto matinal porque, assim, você se sentirá bem por pouca coisa.

Desejo também que você plante uma semente, por mais minúscula que seja, e acompanhe o seu crescimento, para que saiba de quantas muitas vidas é feita uma árvore.

Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro, por que é preciso ser prático. E pelo menos uma vez por ano coloque um pouco dele na sua frente e diga "isso é meu", só para que fique bem claro quem é o dono de quem.

Desejo também que nenhum de seus afetos morra, por ele e por você, mas que, se morrer, você possa chorar sem se lamentar e sofrer sem se culpar.

Desejo, por fim, que você, sendo homem, tenha uma boa mulher, e que sendo mulher, tenha um bom homem e que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes, e quando estiverem exaustos e sorridentes, ainda haja amor para recomeçar.

Victor Hugo

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Descompasso


O meu radicalismo, a minha entrega, o meu desapego pelo óbvio e a minha inconstância, chocam!
Até eu me assusto com a forma como assusto as pessoas, sinto que sou dotada de extravagâncias que todos vêem, mas eu desconheço.
Será que banalizar sentimentos, aceitar a rotina e sentir tara pelo comum é o que esperam de mim? Será esse o segredo dos socialmente adequados?
Sinto muito em decepcionar, mas eu nasci para os extremos, para as ousadias, aposto nas improbabilidades e acredito no impossível. Eu só gosto do que é pra valer, do que dói quando me deixa, do que aperta o coração quando não tá perto, do que ou é doce de enjoar ou amargo de fazer careta.
Eu não suporto a covardia dos indecisos, o medo dos que não arriscam, a voz dos que sempre calam e muito menos o conformismo dos que desistem. Sou aversão a hipocrisia, a choro falso, a gargalhada abafada, a essa gentinha que anda por ai dizendo o que gente tem que ser e não faz metade do que diz. Tenho profunda admiração pelos que vivem em liberdade, que seguem suas crenças, seus valores, que criam um ideal, vivem nele e as vezes morrem por ele. Num mundo onde tudo é relativo, eu vou com aqueles que respeitando isso não desistem de procurar o absoluto.
Sou tão adulta quanto a vida me exija e tão criança quanto o coração me implore. Sou decisão, 0.8 ou 800, sou sono profundo e insônia, montanha russa, descompasso, sou desastrada, exagerada, insensata no amor, passional no ciúme, doente na paixão, sou toalha molhada na cama, sou mil livros na cabeceira e 'trocentas' músicas na cabeça, sou aquele choro de deixar a cara amassada e aquela risada que pode ser ouvida do outro lado da rua, sou coração simples e humilde, mas sempre certo. Sou tanto erro e tão pouco acerto, tanta sorte e tão pouco juízo, tanta coragem e tão pouco destino. Sou isso, sou outras coisas, mas sou eu mesma.

Amanda Teles

Era mais óbvio Eu amar vc


É isso, sei lá, mas acho que amo você. Amo de todas as maneiras possíveis. Sem pressa, como se só saber que você existe já me bastasse. Sem peito, como se só existisse você no mundo e eu pudesse morrer sem o seu ar. Sem idade, porque a mesma vontade que eu tenho de te beijar em qualquer lugar eu tenho de passear de mãos dadas com você empurrando nossos bisnetos. E por fim te amo até sem amor, como se isso tudo fosse tão grande, tão grande, tão absurdo, que quase não é. Eu te amo de um jeito tão impossível que é como se eu nem te amasse. E aí eu desencano desse amor, de tanto que eu encano. Ninguém acredita na gente: nenhuma terapeuta, nenhum parente, nenhum amigo, nenhum e-mail, nenhuma mensagem de texto, nenhum rastro, nenhuma fofoca e, principalmente (ou infelizmente): nem você. Mas eu te amo também do jeito mais óbvio de todos: eu te amo burra. Estúpida. Cega. E eu acredito na gente. Amo você, mesmo sem você me amar. Amo seus rompantes em me devorar com os olhos e amo o nada que sempre vem depois disso. Amo seu nada, apenas porque o seu nada também é seu. Amo tanto, tanto, tanto, que te deixo em paz. Deixo você se virando sozinho, se dobrando sozinho. Virando e dobrando a sua esquininha. Afinal, por ela você também passou quando não me quis mais, quando não quis mais a minha mão pequena querendo ser embalsamada eternamente ao seu lado.

Tati Bernardi.

sexta-feira, 9 de abril de 2010



"A vida voa na sua cara, esbarra no seu rosto, suja sua vaidade, corrompe suas certezas e você não pode fazer nada."
Tati Bernardi

quinta-feira, 8 de abril de 2010


Mas não se esqueça: Assim como não se deve misturar bebidas, misturar pessoas também pode dar ressaca.

"Sou cheia de manias. Tenho carências insolúveis. Sou teimosa. Hipocondríaca. Raivosa, quando sinto-me atacada. Como cebola. Só ando no banco da frente dos carros. Mas não imponho a minha pessoa a ninguém. Não imploro afeto. Não sou indiscreta nas minhas relações. Tenho poucos amigos, porque acho mais inteligente ser seletivo a respeito daqueles que você escolhe para contar os seus segredos. Então, se sou chata, não incomodo ninguém que não queira ser incomodado. Chateio só aqueles que não me acham uma chata, por isso me querem ao seu lado. Acho sim, que, às vezes, dou trabalho. Mas é como ter um Rolls Royce: se você não quiser ter que pagar o preço da manutenção, mude para um Passat."

Fernanda Yang